terça-feira, 3 de maio de 2011

Por que sentimos cólicas?

     No ciclo menstrual, o óvulo não fecundado é eliminado, causando alterações no endométrio (membrana que reveste o útero). Durante este processo, ocorre isquemia nas células uterinas (baixa irrigação sanguínea), ocasionando dor.
O nome científico da cólica menstrual é dismenorréia primária (as secundárias, são consideradas patológicas). Sua intensidade, branda ou pungente, explica-se pela quantidade de prostaglandina no útero. 
 
Tome cuidado!
"Para os transtornos relacionados ao ciclo menstrual, o diagnóstico é clínico", explica a ginecologista Denise Drumond. Isto significa que a paciente deve ter uma boa conversa com o seu médico, sem que nenhum dado seja omitido. Acontece de a paciente achar que está sofrendo com cólicas menstruais e, na verdade, apresentar dismenorréia secundária (do tipo patológico).
Neste caso, dores no útero podem ser em função do uso de DIU, evolução de um mioma, pólipo interuterino ou endometriose inflamatória-pélvica. 
 
Cortar, ou não, o mal pela raiz?
Mas não só de cólicas vivem as mulheres. Outro mito do ciclo menstrual é a tensão pré-menstrual (TPM). Luciana Ramos Lavorato, 26, sempre sofreu com as dores da cólica, mas era a TPM que a tirava do sério. Cansada de sofrer, resolveu cortar o mal pela raíz - parou de menstruar.
"Durante o período pré-menstrual, tinha vontade de morder as pessoas quando contrariada, brigava com motorista de ônibus e os dois maridos que tive sempre reclamaram da minha oscilação de humor", relata Luciana, que diz sofrer de TPM desde os 15 anos.
Depois de assistir pela TV uma entrevista com o ginecologista baiano Eusimar Coutinho, autor do polêmico livro "Menstruação, a Sangria Inútil", ela tomou a decisão de suspender o ciclo através do uso contínuo de pílula anticoncepcional, tendo o apoio de sua ginecologista.

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