domingo, 17 de abril de 2011

Deus e Deusas do Egito


Os egípcios antigos adoravam literalmente centenas de divindades, cada uma governando aspectos diferentes de sua vida espiritual. Não havia um deus ‘chefe’ e vários cultos dominavam através dos tempos – apesar de que os deuses criadores Amon e Rá chegaram perto da supremacia.

Amon – Deus da Vida
Amon literalmente significa ‘o invisível’ e há algumas histórias sobre ele, apesar dele ter sido considerado o criador de todas as coisas.
Independente da falta de um passado mitológico, ele obteve grande importância. Durante o reino do meio, um centro de culto à Amon cresceu em Tebas (moderna Luxor), onde era associado com o deus do sol Rá e adorado como Amon-Rá. Mais tarde, ele foi o favorito da família real e, na 18a Dinastia, ele superou todos os deuses. Durante esta época, um templo magnífico foi construído para ele em Karnak, que ainda está de pé nos dias de hoje. Amon era também considerado o rei dos deuses. Muitas vezes era associado ao deus Rá (ou Ré), formando assim o deus Amon-Rá, o deus que traz o sol e a vida ao Egito.
 
Rá – Deus do Sol
Rá tinha várias formas durante o dia. Ele era um deus vivo de dia e morto à noite. Ele nascia de manhã como uma pequena criança, se transformava em homem no meio do dia e era um velho ao pôr-do-sol – para então renascer na manhã seguinte. Durante este tempo, ele navegava pelo paraíso em um barco chamado ‘Barca de Milhões de Anos’. Dessa forma, os egípcios explicavam o movimento do sol no céu. O culto de Rá ao sol era baseado em Heliopolis. Acredita-se que ele tenha sido o pai dos reis e de todos os deuses importantes.

Bastet – Deusa da Fertilidade
Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Artemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.
Com o tempo, ela também perdeu sua cabeça original de gato selvagem do deserto ou leão e ganhou a cabeça de um gato doméstico. Os gatos eram muito importantes para os egípcios, porque protegiam os grãos dos animais daninhos, e acreditava-se que Bastet os protegia. Quem matasse um gato era punido com a morte. Quando os gatos morriam, as famílias raspavam a sobrancelha como luto e às vezes seus gatos eram mumificados.
Bastet era freqüentemente associada com Sakhmet, a deusa de cabeça de leão de Memphis.

Nut – Deusa do Céu
Nut é a Deusa do Céu e era chamada de Nutos por Fáraos, já que seu nome sagrado só poderia ser pronunciado por eles. Significa o céu que acolhe os mortos no seu império. Tradicionalmente foi consagrada a essa deusa o dia 25 de fevereiro. Representava o céu e era significativamente invocada como a mãe dos deuses. É muitas vezes representada sob a forma de uma vaca, por alusão a uma metamorfose por que espontaneamente teria passado. Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.

Geb – Deus da Terra
Geb é o deus egípcio da terra, e também é considerado deus da morte, pois acreditava-se que ele aprisionava espíritos maus, para que não pudessem ir para o céu. Estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Umidece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo. Suas cores eram o verde (vida) e o preto (lama fértil do Nilo). É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. É o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. É sempre representado com um ganso sobre a cabeça, nas pinturas. Seu animal representante era o ganso. E ele era comumente representado usando uma coroa com uma pluma e chifres em forma de carneiro.

Horus – Deus do Céu
Horus era originalmente o deus do céu, voando sobre o Egito como um falcão para proteger seu pai, o rei Osíris. Quando Horus derrotou o assassino de seu pai, Seth, ele se transformou no rei de todo o Egito, e ele é descrito usando uma coroa com uma parte superior branca para representar o Alto Egito e uma parte vermelha inferior para representar o Baixo Egito. Por esta razão, os governantes do Egito sempre se identificaram com Horus na vida, se transformando na personificação de Osíris quando eles morriam.
Horus era adorado em centros de cultos em Behdet, Hirakonpolis e Edfu e o olho de Horus era considerado um amuleto poderoso.


Osíris – Deus da Vegetação
Osíris era um dos filhos de Nut e Geb, ao lado de sua irmã Ísis (com quem se casou) e seu irmão ciumento Seth, que mais tarde o matou.
Osíris aparece como uma múmia de barba, carregando um gancho como poder supremo. Ele usava a coroa branca do Alto Egito, com penas vermelhas. Sua pele é verde para representar a vegetação – como rei, ele ensinou os egípcios a ser fazendeiro.
Apesar dele ser o deus do submundo, ele não é um demônio ou um deus obscuro. Ao contrário, ele representa a esperança dos egípcios em viver em glória para sempre na vida depois da morte.

Ísis – Deusa da Maternidade
Ísis era adorada por todo o reino durante quase toda a história egípcia, apesar de seu centro de culto ser em Philae.
Ela aparece na mitologia, onde usava seus poderes mágicos para respirar a vida de volta ao seu marido Osíris, depois de ter sido assassinado e seu corpo ter sido cortado em pedaços.
Seus poderes foram obtidos, persuadindo Rá a revelar seu nome secreto. Rá estava velho e às vezes era enganado. Ísis coletou sua saliva e se transformou em uma cobra venenosa mordendo ele. Ísis prometeu curá-lo somente se ele revelasse seu nome secreto. Em agonia, ele revelou e fazendo isso, passou seus poderes mágicos para a deusa.

Anubis – Deus da Morte
Anubis era um deus antigo, guiando os mortos a caminho do submundo muito antes de Osíris ter se transformado em um deus importante. Entretanto, ao ajudar Ísis a mumificar Osíris depois de sua morte, ele também se tornou o santo benfeitor dos embalsamadores.
Anubis era associado com Ma’at, a deusa da justiça. Os egípcios acreditavam que quando você morresse, você viajaria pelo Corredor dos Mortos. Lá, Anubis pesaria o seu coração contra a pluma de Ma’at, estabilizando a balança primeiro para garantir exatidão. Se o seu coração pesasse mais do que a pluma, ele seria comido pelo demônio.

Hator – A Deusa mais venerada
Hator é uma das deusas mais veneradas do Egito Antigo, a deusa das mulheres, dos céus, do amor, da alegria, do vinho, da dança, da fertilidade e da necrópole de Tebas, pois sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Hator (Hathor ou Het-Heru) era associada com Ísis e com Bast, porém, esta Hator mais conhecida é a reformulação de uma Hathor pré-dinástica, muito mais antiga, da qual pouco foi revelado e muito foi ocultado pela classe sacerdotal. Seu poder era tão grande que, mesmo com estas reformulações e confusões, em mais de uma dinastia o faraó era considerado filho de Hathor ou seu consorte.

Iah – Deus da Lua
Iah ou Aah era o deus da lua na mitologia egípcia. As primeiras presenças do nome "Iah" referem-se à lua enquanto satélite do planeta terra. Mais tarde, a palavra passaria a designar uma divindade. A nível iconográfico este deus era representado, na sua forma antropomórfica, com um disco solar e crescente da lua nova sobre a sua cabeça, onde também tinha uma trança lateral característica das crianças egípcias. Por vezes tinha na mão uma folha de palmeira ou um olho de Hórus. Poderia também se manifestar como um íbis, falcão ou como o crescente da lua nova. Este últimos atributos estavam também associados a Tot e a Khonsu.
O deus não tinha nenhuma cidade associada ao seu culto. Alcançou grande popularidade na época que se seguiu ao Império Médio, ou seja, na época de dominação do Egipto pelos Hicsos, um povo oriundo da Palestina. É possível que Iah seja o corresponde ao deus acádico Sin, que também era um deus lunar. O nome Iah surge na fórmula CX do Livro dos Mortos.

Maet – Deusa da Justiça
Na mitologia egípcia, Maet ou Maat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio. É representada por uma mulher jovem exbindo na cabeça uma pluma. É filha de , o deus do Sol e esposa de Tot(alguns escritores defendem que o deus-lua Thot era o irmão de Ma'at), o escriba dos deuses com cabeça de ibis. Com a pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento subterrâneo. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos da morte. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammut [deusa do Inferno, (que é parte hipopótamo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado]. Os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas.

Mut – Esposa de Amon
Mut é uma deusa do Antigo Egito, esposa de Amon e mãe adotiva de Khonsu. Mut era entendida como uma deusa bastante poderosa. De início era apenas uma deusa-falcão da cidade de Tebas. A partir da XVIII dinastia, quando o deus Amon se tornou popular, Mut passou a ser vista como sua esposa, tendo substituído a primeira mulher deste, a deusa Amaunet, como sua companheira. Esta deusa era representada como uma simples mulher com um vestido vermelho ou azul usando a serpente (ureus) e a dupla coroa do Alto e Baixo Egito. Por vezes, era também representada com uma cabeça de leoa. Possui uma sala no Templo de Karnak.
 

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