sábado, 16 de abril de 2011
Poodle
Quem tem um Poodle sabe que ele é um cãozinho obediente, dócil e muito inteligente. Com aguçado sentido de orientação, o Poodle é um excelente companheiro e fiel até a morte. É considerado o mais popular entre as raças caninas e faz o maior sucesso entre crianças e adultos.
Os Poodles podem ter quatro tamanhos: Toy ou Miniatura com até 28 cm; Anão com tamanho variando entre 28 e 35 cm; Médio entre 35 e 45 cm e Standart ou Gigante com altura de 45 a 60 cm.
Sua pelagem longa, densa e cacheada possui diversas cores para todos os gostos. Preto,marrom, branco, cinza e abricó dão um colorido especial ao Poodle. Um encanto! Mas, a principal dificuldade em se ter um Poodle, é a higiene do animalzinho. O proprietário precisa dispor de tempo e cuidados especiais se quiser dar uma vida saudável para o seu amiguinho. Banhos e tosas regulares são atitudes de um dono responsável que respeita o seu companheiro. Essa é a chamada posse responsável onde os donos têm o compromisso de assegurar o completo e permanente bem-estar aos seus animais, ou seja, domicílio, alimentação e cuidados de higiene e vacinação.
Entre as tosas mais comuns estão a Filhote, Esportiva, Leão e Continental. Uma boa alimentação à base de ração pode garantir uma pelagem sempre macia e brilhosa. Não se esqueça, também, que a limpeza dos olhos e ouvidos do seu cãozinho é fundamental.
Mas um alerta! A principal doença que afeta a raça é a retenção dos dentes de leite além do tempo normal. Isso geralmente obriga a extração do dente para a correção da arcada. A luxação da patela e a necrose asséptica que afeta a cabeça do fêmur também são comuns, principalmente nos Toys. Mas nada disso é problema se você levar o seu animalzinho com freqüência ao médico veterinário.
Origem e História
Referências antigas sobre o Poodle não são raras. Segundo estudiosos, a raça já era retratada em estátuas da Roma Antiga. No século XV o Poodle aparecia em tapeçarias e no século XVI foi citado várias vezes pelo naturalista alemão Von Gessner - primeiramente no ano de 1524 e depois, em 1551 e 1558, no livro "Historie Animalum". Uma gravura de 1529, de uma colecionadora de nome Ionides, mostra um poodle branco, de pêlo trimado (modalidade muito rara hoje), ao lado da personagem mitológica Ceres. Em 1544, em Colmar, na Alemanha, o dono de um poodle ergueu em sua homenagem um monumento de bronze, em gratidão pelo animal que lhe salvara a vida.
O pintor Stern retratou em seu quadro "The Dancing Boy", de 1635, um poodle branco. Em 1640, Peter Scheitlin escreveu: "O cão mais perfeito é o Caniche", como é conhecido entre os franceses até hoje. Em 1643, o príncipe Rupert, da Inglaterra, e seu poodle branco, Boy (seria o mesmo retratado por Stern?), morreram juntos no campo de batalha, em Marston Moor, perto de York. Em 1700, alguns poodles ficaram famosos, nos salões da aristocracia européia, por se apresentarem dançando (The Ball of Little Dogs). Em 1787, Beethoven compôs "Elegia à Morte de um Poodle". Consta que, na mesma época, uma adaptação teatral do poema "Fausto", de Goethe, levou ao palco um poodle representando Mefistófeles, personagem que, no original, era representado por um gato preto.
Em 1800, nascia na Normandia o poodle Moustache, que lutou pela França, no regimento dos granadeiros, em várias batalhas, sendo inclusive condecorado. O valente animal morreu lutando em Badajoz, na Espanha, em 1811, com direito a enterro no campo de batalha e honras militares. Em outra gravura, de 1812, um poodle aparece com a esposa de Napoleão. Entre 1814 e 1818, um poodle chamado Munito ficou famoso no eixo Londres-Paris, brincando com cartas e resolvendo problemas matemáticos.
Em quase todos os quadros em que foram retratados os poodles apareciam tosados no estilo Leão, que, diz a lenda, servia para assustar os lobos que rondavam os rebanhos. Na verdade, sua função original é de ajudante de caçador.
Em determinado momento, na Europa Ocidental, o poodle Gigante foi adestrado para a função de recuperar os patos selvagens (ou perdizes e similares) abatidos, quando caíssem n’água, abundante na natureza àquela época. Como originalmente o Poodle sempre foi muito bom dentro d´água (aliás, "poodle", em inglês, quer dizer exatamente isso, "cão d´água", e em alemão, "pudel", significa "brincar n´água"), assumir esse papel foi fácil para ele. Depois, a versatilidade da raça permitiu sua utilização em circos e no farejo de trufas (um fungo tido como fina iguaria), até chegar à condição de cão de companhia, muito chique nas cortes de outrora e muito adequada nos dias de hoje às condições urbanas de seus proprietários.
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