sábado, 18 de junho de 2011

Albatroz Gigante

Diomedea exulans, mas conhecido como albatroz-gigante ou albatroz-errante, pode se considerar a maior ave voadora do mundo. Com os seus 3,50 metros de envergadura, apresentam um voo majestoso. Ele partilha com o Marabu e o Condor-dos-Andes a distinção de possuir a maior envergadura. Suas plumagens são brancas com asas escuras. Os machos pesam entre 8 e 11kg e as fêmeas entre 6 e 8kg. Eles podem chegar aos 50 anos, sendo assim uma das poucas aves que morre de velhice.
Sua principal alimentação é lula e peixes, mas também pode consumir carniça, água-viva e crustáceos.. Durante o inverno a maior parte das aves se concentram ao norte da Convergência Antártica. No total existem cerca de 28.000 indivíduos maduros. Põe-se um único ovo que leva cerca de 80 dias em incubação que é compartilhada por ambos os pais, e o filhote resultante leva 40 semanas para deixar o ninho (entre novembro e fevereiro).
Essas aves são tão magníficas que inspiraram até os poetas.





O ALBATROZ 

Às vezes, por prazer, os homens de equipagem
Pegam um albatroz, enorme ave marinha,
Que segue, companheiro indolente de viagem,
O navio que sobre os abismos caminha.

Mal o põe no convés por sobre as pranchas rasas,
Esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
Deixa doridamente as grandes e alvas asas
Como remos cair e arrasta-se a seu lado.

Que sem graça é o viajor alado sem seu nimbo!
Ave tão bela, como está cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico um cachimbo,
Outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!

O Poeta é semelhante ao príncipe da altura
Que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
Exilado no chão, em meio à corja impura,
As asas de gigante impedem-no de andar.





Charles Baudelaire 1821-1867
(Tradução de Guilherme de Almeida)
in Flores das "Flores do Mal" de Baudelaire
Ediouro








Perigo de extinção


Vulnerável



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